segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Notas Explicativas 2

1) Os Livros dos Espíritos consultados.


Para realizar esta comparação, deparamos com uma limitação pessoal: não dominamos o francês. Por este motivo, utilizamos várias traduções brasileiras e o original em francês para conferirmos algumas contradições das traduções e / ou dúvidas. Este trabalho, nos permitiu também analisar um pouco do trabalho diferenciado dos tradutores brasileiros no trato com a obra original. Foram consultados:


a) O Primeiro Livro dos Espíritos de Allan Kardec, tradução de Canuto Abreu, Companhia Editora Ismael, 1957.


b) O Livro dos Espírito - Primeira Edição de 18 de abril de 1857 - Livro Primeiro – Doutrina Espírita, tradução de Wladimyr Sanchez e Claudine T. Carneiro, Instituto de Ensino e Pesquisa da Cultura Espírita, 2004.


c) O Livro dos Espíritos, tradução de Evandro N. Bezerra, editora FEB, 2007.


d) O Livro dos Espíritos, tradução de J. Herculano Pires, editora LAKE, 2002.


e) O Livro dos Espíritos, tradução de J. Herculano Pires, editora LAKE, 1989.


f) O Livro dos Espíritos, tradução de Guillon Ribeiro, editora FEB, 2007.



2) Mestre ou Codificador?


Muitos textos brasileiros adjetivam Allan Kardec como o codificador do Espiritismo. Neste trabalho não chamaremos Kardec de codificador, pois preferimos utilizar o adjetivo cunhado pelos seus contemporâneos: MESTRE. A referência respeitosa e carinhos “mestre” é abundante no material deixado por Kardec. Podemos encontrá-lo nas muitas cartas publicadas na Revista Espírita e nos discursos registrados no livro Viagem Espírita em 1862. Mestre simboliza a continuação da vida de um único ser que nasceu com o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, e assumiu o pseudômino de Allan Kardec, definitivamente um educador. Chamando-o por mestre, queremos nos aproximar da atmosfera da segunda metade do século XIX, das relações e significados de Kardec para Rivail e para seus milhares de amigos. E desta forma analisaremos seus livros, buscando reconstruir o caminho do mestre através das pegadas que ele deixou em suas obras. Analisaremos os textos de Kardec, como os texto de um educador, intencionalmente construídos com objetivos pedagógicos. E nós como seus aprendizes, desejosos de nos tornarmos discípulos verdadeiros, como se diziam discípulos seus contemporâneos.

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