sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Indo aos originais

Às vezes, em nossas pesquisas nos deparamos com questões controversas de edição dos livros. Na pesquisa sobre o momento da união da alma ao corpo apresentamos trechos de um artigo publicado na edição de março de 1858 da Revista Espírita. Neste artigo encontramos uma nota final que referenciava diálogos da segunda edição do Livro dos Espíritos que seria lançada somente dois anos depois.

Revista Espírita, março de 1858
O doutor Xavier
Nota. A teoria, dada por esse Espírito, sobre o instante da união da alma e do corpo, não é inteiramente exata. A união começa desde a concepção; quer dizer, desde esse momento, o Espírito, sem estar encarnado, liga-se ao corpo por um laço fluídico que vai se apertando, mais e mais, até o nascimento; a encarnação não se completa senão quando a criança respira. (Ver O Livro dos Espíritos, n 344 e seguintes.)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tudo se encadeia

Um dos pontos capitais para a compreensão da perfectibilidade dos espíritos está no conhecimento de suas origens. Allan Kardec sempre tratou deste ponto e buscou a verdade até o último momento de sua vida na Terra. Da primeira para a segunda edição notamos que algumas dúvidas aparecem em função da sua reflexão sob novos pontos de vistas e da avaliação lógica de todos os ensinamentos e fatos espíritas.

Na sua revisão do tema envolvendo os animais Kardec procurou manter a maioria das perguntas e respostas da primeira edição, mas também procurou retocá-las para dar mais liberdade para novas interpretações. Veja no mapeamento abaixo como a nova edição torna-se menos rígida em relação a possibilidade de um ponto de contato entre a alma do homem e a alma do animal.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Elementar, meu caro!

Entre as publicações das duas primeiras edições do Livro dos Espíritos, Kardec desenvolveu o interessante conceito de espírito elementar (esprit élémentaire) que foi definido assim:

Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas
Vocabulário Espírita
Espírito elementar, Espírito considerado em si mesmo e feita abstração de seu perispírito ou invólucro semimaterial.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Graças particulares

Da primeira para a segunda edição do Livro dos Espíritos, as questões de ordem moral sofreram poucas alterações. Um ou outro diálogo foi refeito, algumas respostas foram desenvolvidas, e mais alguns diálogos foram introduzidos. A prece foi uma destas questões e, aqui, faremos apenas as observações mais pertinentes.

Desde a primeira edição, as respostas já valorizavam a prece quando ela parte do coração. Mas, é na segunda edição que Kardec dá uma maior ênfase ao valor do sentimento empregado na prece. Vejam, por exemplo, o mapeamento abaixo:

domingo, 11 de janeiro de 2009

Queda dos anjos


O mito da queda dos anjos, ou o pecado original, tem suas raízes em todas as culturas e mais especificamente nos dogmas católicos. Kardec não se furtou em discuti-lo assim como fez sobre todas as outras coisas. E esta discussão veio desde o início pela publicação da primeira edição do Livro dos Espíritos até a publicação de sua derradeira obra, A Gênese, quando expõe a sua já sancionada doutrina dos anjos decaídos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Benefício de inventário


Allan Kardec sempre foi muito prudente na exposição dos ensinamentos espíritas. E a medida que o seu trabalho crescia lhe trazendo um maior volume de informações então ele se tornava ainda mais prudente. E esta prudência se observa no caráter mais geral que ele deu a sua nova edição do Livro dos Espíritos.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Alma, causa, efeito

O livre arbítrio, ou liberdade de ação, constitui-se numa premissa dos ensinamentos espíritas embora esta liberdade possa ser entravada por motivos alheios ao espírito. Allan Kardec se preocupava com estes entraves e, por isso, fez uma série de perguntas sobre eles já na primeira edição do Livro dos Espíritos.

Um destes possíveis entraves pode estar nas predisposições que o homem carregaria a cada encarnação. Mas estas predisposições podem ser alheias ou não ao espírito, isto é, podem ser físicas ou espirituais. Vejam no mapeamento abaixo como a predisposição ao assassínio foi visto na primeira edição como algo alheio ao espírito:

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Os nossos gênios


O mestre Allan Kardec se preocupava muito com a definição do vocabulário espírita porque entendia que a ambiguidade de algumas palavras poderiam ser a origem de intermináveis discussões. Foi por esta razão que, já no nascimento do Espiritismo, ele publicou a obra 'Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas' onde destacou: